Lugares do Património
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi instituído em 18 de abril de 1982 pelo ICOMOS (Comité Internacional dos Monumentos e Sítios) e aprovado pela UNESCO em 1983, com o objetivo de aumentar a consciência pública relativamente à diversidade do Património e à necessidade de o proteger e conservar para as gerações futuras.
Em 2020 o tema é Património Partilhado – Culturas Partilhadas, Património Partilhado, Responsabilidade Partilhada
Monumentos Nacionais em Mértola: Igreja Matriz/Mesquita; Torre do Rio; Castelo de Mértola.
Castelo de Mértola
O Castelo de Mértola, estrutura militar com um recinto amuralhado de aproximadamente 3.000 m2, tem na Torre de Menagem, edificada em 1292, o seu elemento mais emblemático. A sua evolução histórica e formal faz-se de mudanças e permanências relacionadas com as necessidades em termos defensivos e de instalação de estruturas e equipamentos militares. Monumento Nacional desde 1951 define a silhueta do centro histórico e marca, agora como no passado, a imponência da estrutura defensiva de Mértola que aproveitou as caraterísticas físicas do território onde se implantou.
Igreja Matriz de Mértola
Todas as civilizações conservam ou procuram proteger a memória dos seus lugares sagrados. Assim aconteceu na Igreja Matriz, Monumento Nacional desde 1910, onde comprovadamente existiu um templo romano que, por volta do séc. VI d.C., foi substituído por uma igreja cristã. Mais tarde, este local de culto foi partilhado por cristãos e muçulmanos até à construção de uma mesquita no séc. XII. Em 1238, os senhores da Ordem de Santiago cristianizaram o templo que somente viu ser executadas obras de fundo no séc. XVI. Cerca de 1950 obras de requalificação trouxeram à luz todos os vestígios do passado e, em 2016, a criação do núcleo museológico transformou-o num local de memória que respeita a carga histórica e mística do edifício.
Torre do Rio
Apesar da referência à “ponte velha”, por questões técnicas e até de ausência de vestígios na margem esquerda do Guadiana, sabe-se que esta imponente estrutura não permitiria a passagem do Guadiana. Trata-se de uma estrutura defensiva datada do século IV/V d.C. que pode ter conjugado diversas funcionalidades entre elas, as de molhe fortificado que impedia a passagem e o desembarque, as de cais e as de controlo do movimento fluvial, comercial e piscatório. Monumento Nacional desde 1910 corresponde a uma edificação importante que reforça a ligação dinâmica da vila/cidade com o rio, principal via de comunicação que fazia a ligação deste território com toda a bacia do Mediterrâneo.
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