Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi instituído em 18 de abril de 1982 pelo ICOMOS e aprovado pela UNESCO em 1983. Esta data comemorativa tem como objetivo aumentar a consciência pública relativamente à diversidade do património e aos esforços necessários para o proteger e conservar, chamando também a atenção para a sua vulnerabilidade. Pretende-se que esta seja uma data comemorativa do Património Cultural nacional e que celebre também a solidariedade internacional e torno da salvaguarda e valorização do Património Cultural em todo o mundo.
Para o ano de 2024 o tema proposto é “catástrofes e conflitos à luz da Carta de Veneza”. Este tema convida a refletir sobre esta convenção internacional, quase com 6 décadas, que desempenha ainda um importante papel na atualidade. A Carta de Veneza foi adotada em 1964, 20 anos após a Segunda Guerra Mundial, quando se impunha a reconstrução na Europa, mas também os ideais de progresso e de desenvolvimento económico. Na atualidade e perante os desafios das alterações climáticas, do número crescente de catástrofes naturais e de conflitos, que destroem comunidades, monumentos e locais culturais e levam à deslocação em massa de populações, estamos perante novos desafios a que não podemos ficar alheios.
“Testemunhos vivos de tradições seculares de um povo, os monumentos históricos são um património comum, que urge salvaguardar para as gerações futuras, com toda a riqueza da sua autenticidade. A Carta de Veneza, apresenta assim, os princípios internacionais orientadores da conservação e do restauro dos monumentos históricos” (ver em https://www.patrimoniocultural.gov.pt/projetos/divulgacao/dims-dia-internacional-dos-monumentos-e-sitios/ ).
A Carta de Veneza sobre a Conservação e o Restauro de Monumentos e Sítios foi aprovada em 31 de maio de 1964, em Veneza (Itália), no âmbito do II Congresso Internacional dos Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos. Apresenta no Artigo 1º a definição de monumento histórico “que engloba a criação arquitetónica isolada, bem como o sítio, rural ou urbano, que constitua testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Esta noção não se aplica só às grandes criações, mas também às obras modestas do passado que adquiriram, com a passagem do tempo, um significado cultural” e, no artigo 3º refere que “a conservação e restauro dos monumentos visam salvaguardar, quer obra de arte, quer o testemunho histórico”.
A preservação, valorização e divulgação do património cultural de Mértola insere-se na filosofia e princípios emanados da documentação nacional e internacional, entre eles a Carta de Veneza. O Museu de Mértola Cláudio Torres, atualmente com 14 núcleos museológicos, exibe estruturas arqueológicas in situ, promove a recuperação e reutilização de edifícios históricos e apresenta objetos de diversos períodos da história, potenciando uma visita ao centro histórico de Mértola e à sua envolvente paisagística. Nas palavras de Cláudio Torres “o Museu é a própria Vila!”. Visite-nos!
Mais informação em www.museudemertola.pt