Câmara deu a conhecer Estação Biológica de Mértola
A Estação Biológica de Mértola é a “concretização de um sonho”, “um projeto muito querido pelos mertolenses”, “um dia muito feliz” e mais um “patamar no processo de desenvolvimento iniciado há mais de 40 anos”, são algumas das expressões mais proferidas hoje, dia 13 de dezembro, na apresentação pública da Estação Biológica de Mértola, que aconteceu no seu futuro espaço, o antigo edifício dos Silos da EPAC, em Além-rio, um local emblemático da história recente do concelho e com vista privilegiada sobre o Centro Histórico e o rio Guadiana.
Na sessão inaugural estiveram presentes Jorge Rosa, presidente da Câmara Municipal, Pedro Rodrigues, Vice-reitor da Universidade do Porto, Nuno Ferrand, Coordenador Científico do CIBIO-InBio da Universidade do Porto, e Jorge Pulido Valente, Vice-presidente da CCDRA. A cerimónia contou com a participação de quase uma centena de representantes de várias instituições locais, regionais e nacionais.
A apresentação da Estação Biológica de Mértola, que será um centro de valorização e transferência tecnológica, esteve a cargo de Rosinda Pimenta, vereadora da Câmara Municipal de Mértola, e de Paulo Célio, da CIBIO-InBio da Universidade do Porto, instituição que trabalha e estuda o território de Mértola há mais de duas décadas.
O investimento neste projeto ultrapassa os três milhões de euros, com financiamento do Alentejo 2020, no qual estão incluídos a reabilitação do edifício para as suas novas funções, designadamente a Estação Biológica, com as suas valências para os estudos científicos, o núcleo museológico da Galeria da Biodiversidade, onde será possível conhecer melhor a região e os ecossistemas do vale do Guadiana e do Baixo Alentejo, e ainda uma zona dedicada a albergar as reservas do Museu de Mértola e o Arquivo Municipal.
Este é um projeto que fisicamente estará localizado em Mértola, com os seus propósitos ultrapassam os limites territoriais do concelho, da região e até mesmo de Portugal, tendo inclusive já despertado interesse em várias universidades europeias.
Em Mértola o estudo cientifico, a ligação às universidades e o desenvolvimento do território continuam a estar unidos, num caminho de preservação da biodiversidade, do fomento da agroecologia e do combate às alterações climáticas. Com a Estação também se pretende capacitar o setor empresarial e promover a atração e fixação de quadros técnicos qualificados no território.
O programa de reabilitação do enorme edifício dos antigos silos e armazéns foi apresentado pela empresa aNC arquitetos, um projeto que irá respeitar a integridade do complexo e dotá-lo de todas as valências que as suas novas funções necessitam.
A cerimónia de apresentação da Estação Biológica encerrou com a exibição do filme “Guadiana Selvagem” e algumas palavras do seu realizador Daniel Pinheiro.