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Por todo o concelho encontram-se vestígios de uma ocupação humana que remonta a 5 mil anos atrás. A Mértola, chegaram Fenícios, Gregos e Cartagineses, pela exploração dos recursos naturais e pelo controlo das rotas comerciais que ligavam este território a toda a bacia do Mediterrâneo. A vila deve ao rio Guadiana grande parte da sua importância histórica. O seu porto fluvial, em permanente contacto com o mar, foi ao longo de milénios, um importante entreposto comercial para o escoamento dos metais preciosos extraídos do interior alentejano (Aljustrel e S. Domingos) e dos cereais cultivados nos terrenos férteis de Beja. Aproveitando o posicionamento excecional de um esporão rochoso que separa as águas do Guadiana da ribeira de Oeiras, a antiga cidade de Mértola era já célebre entre os geógrafos da Antiguidade pela imponência das suas fortificações.<\/p>\r\n
Do período pré-romano, à Myrtilis<\/em> romana, da Antiguidade Tardia, à Martulah<\/em> islâmica, Mértola afirma-se como uma importante cidade comercial e reforça a sua condição de porto mais ocidental do Mediterrâneo.<\/p>\r\n A conquista cristã deu-se no reinado de D. Sancho II, pelo comendador da Ordem de Santiago, Paio Peres Correia, em 1238. O território foi então doado à Ordem dos Cavaleiros de Santiago e, progressivamente, foi perdendo a sua importância comercial. Em 1512, D. Manuel I dá Foral a Mértola e durante os séculos XVI e XVII, o porto atinge novo fulgor com a exportação de cereais para as ocupações portuguesas no Norte de Africa. Na baixa Idade Média o rio Guadiana perde importância como via de comunicação, fator que foi determinante para a decadência do porto de Mértola. Já nos finais do séc. XIX, a descoberta e exploração moderna do filão mineiro na serra de “Sancto” Domingos deu nova importância ao rio. A partir do porto fluvial do Pomarão são escoadas, ao longo de mais de 100 anos, várias toneladas de minério (essencialmente cobre). Em 1978 inicia-se na vila de Mértola um importante trabalho de investigação arqueológica que perdura até aos dias de hoje. Os testemunhos do passado grandioso da vila resultantes de sucessivas escavações arqueológicas são agora espólio do Museu de Mértola. Um museu polinuclear que integra 14 núcleos distribuídos pelo centro histórico, vila de Mértola e restante território.<\/p>\r\n A importância da história multicultural da vila e a riqueza do seu património arqueológico confirmaram em 2016 a entrada de Mértola para a Lista Indicativa de Portugal a Património Mundial da UNESCO.<\/p>\r\n Para saber:<\/strong><\/p>\r\n\r\n
(+351) 286 610 100
(*) Chamada para a rede fixa nacional