Reabilitação Integral da Casa Cor-de-Rosa e Reabilitação urbanística da entrada Sul/Poente da Vila de Mértola
Designação do projeto | Reabilitação Integral da Casa Cor-de-Rosa e Reabilitação urbanística da entrada Sul/Poente da Vila de Mértola
Código do projeto | ALT20-08-2316-FEDER-000036
Objetivo principal | Proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos
Região de intervenção | NUT III - Baixo Alentejo / Concelho de Mértola
Entidade beneficiária | Município de Mértola
Data da aprovação | 31/03/2017
Data de início | 31/05/2017
Data de conclusão | 16/12/2022
Custo total elegível | 3.422.441,99€
Apoio financeiro da União Europeia | 2.909.075,69€
Objetivos, atividades e resultados esperados / atingidos:
O Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) de Mértola integra um conjunto de intervenções de reabilitação urbana essenciais para assegurar a qualidade do espaço urbano edificado e do espaço público.
Neste processo foram considerados os objetivos específicos da reabilitação e “refuncionalização” de áreas e/ou edificado degradado, por forma a promover a qualidade de vida dos residentes e assegurar condições favoráveis à revitalização da dinâmica social, cultural e económica na área delimitada.
Neste contexto, esta operação teve como objeto a realização de duas grandes intervenções fundamentais, designadamente a “Reabilitação Integral da Casa Cor-de-Rosa” e a “Reabilitação da Entrada Sul/Poente Pavilhão Multiusos, largo da feira em Mértola”.
- Reabilitação Integral da Casa Cor-de-Rosa
A reabilitação e futura refuncionalização da denominada Casa Cor-de-Rosa, localizada em pleno Centro Histórico, a qual se encontra abandonada há vários anos e em processo de progressiva degradação física. Embora não se encontre classificado, este edifício (com idade superior a 30 anos) constitui um belo exemplar de arquitetura neoclássica que se destaca pelo seu porte, correspondendo a uma das mais nobres edificações do Centro Histórico de Mértola. Realça-se, ainda, que este edifício é contíguo à chamada Casa Branca, recentemente reabilitada com vista a acolher o 'Centro de Interpretação dos Patrimónios', com o qual se irá articular em termos físicos e funcionais.
Em termos materiais, a operação consiste na realização de obras de reabilitação integral do edifício da Casa Cor-de-Rosa (correspondente a uma área total de construção de 635m2), prevendo-se também a requalificação e valorização do seu logradouro com vista a complementar e tirar pleno partido do seu potencial de uso. Plenamente enquadrada no conceito de 'Vila-Museu', prevê-se que a utilização a implementar na sequência desta operação venha a assentar na disponibilização de um ambiente que recrie os antigos hammans árabes, complementando assim a oferta de matriz eminentemente museológica já existente.
O desenvolvimento da operação “Reabilitação Integral da Casa Cor-de-Rosa” procura alcançar os seguintes objetivos:
- Proteger, conservar, recuperar e reutilizar o importante Património Arquitetónico existente;
- Valorizar o Património de importância local, nacional, e internacional promovendo a dinamização turística da região;
- Preservar e valorizar edifício de valor arquitetónico e simbólico no Centro Histórico de Mértola;
- Criar novas funcionalidades para o património recuperado assentes numa lógica de sustentabilidade;
- Otimizar equipamentos e infra-estruturas diferenciadas, numa ótica de complementaridade da Região.
- Ganhar competitividade ao nível dos Centros Urbanos e sítios históricos e arqueológicos;
- Aportar novas dinâmicas sociais e culturais ao centro histórico;
- Contribuir para o reforço da identidade territorial;
- Criar uma oferta turística especializada na herança islâmica da vila que complemente e dê continuidade ao trabalho iniciado com o Festival Islâmico;
- Aumentar a capacidade de atracção de investidores e integração de Mértola em circuitos turísticos;
- Afirmar o património local como elemento propício à produção de conhecimento, à dinâmica artística, cultural, intelectual, multimédia e tecnológica;
- Atrair mais visitantes para a região;
- Reforçar a imagem turística de Mértola Vila Museu;
- Integrar a oferta e organização turística ao nível do Alentejo - Algarve- Andaluzia;
- Criar a Rota islâmica ( Islamic Heritage Tour of Portugal) assente no legado islâmico e nas parcerias dos vários stakeholders do turismo;
- Criar bases para novas formas de negócio assentes na produção de criativa e artística inspirada no património local;
- Divulgar o património local junto de novos públicos (jovens estudantes, artistas, designers, etc.);
- Preservar sabores e aromas locais em perfeita fusão com sabores de outras paragens.
- A Reabilitação da Entrada Sul/Poente de Mértola – Pavilhão Multiusos, Largo da Feira em Mértola
A reabilitação desta zona degradada através da implementação deste equipamento de utilização coletiva conferiu valor urbanístico à área, contribuiu para a dignificação da entrada sul/poente de Mértola e permitiu o desenvolvimento de iniciativas culturais e turísticas com forte potencial atrativo de visitantes e turistas ao concelho.
O Pavilhão foi construído sob a forma de empreitada de obras públicas e encontra-se concluído.
O Pavilhão Multiusos de Mértola, foi projetado pelo arquiteto Carlos Marques e as especialidades foram elaboradas pela Wowtek, Engenharia Lda, com parecer condicionado da DRC Alentejo.
As soluções arquitetónicas e urbanísticas tiveram em conta os instrumentos de gestão
territorial, em particular o Plano de Urbanização da Vila de Mértola em vigor.
A organização espacial e funcional do Pavilhão teve em conta as tipologias de atividades a realizar, sejam elas de caráter social, cultural, económico ou outro:
- Ao nível do Largo da Feira, assim designado por ser um espaço aberto, onde se realizam eventos de ar livre e as feiras e mercados regulares e ocasionais, que vai ser objeto de requalificação num outro projeto em fase de aprovação e de cativação de verbas, foram edificadas a bilheteira e posto de informação e o miradouro a poente, para além da escadaria e acesso ao edifício. Dentro do edifício, o piso zero, inclui o espaço expositivo com uma área de 2.013,83 m2, o átrio, receção, área técnica, instalações sanitárias, cozinha, apoio de bar, posto de informação e galeria exterior, num total de 2.550,84 m2;
- Em cave foi projetada uma área de estacionamento com capacidade para 71 veículos automóveis ligeiros, com acesso direto a partir da EN 122, com ligação à nave de exposições, por escada e por elevador e com uma ligação direta ao exterior permitindo um uso autónomo do estacionamento. Este espaço pode ser utilizado como complemento aos eventos, porque tem condições técnicas para a sua utilização. Área total do piso -1 – 2.507,04 m2;
- Ao nível superior, piso 1, foi considerado um espaço polivalente, para a realização de eventos mais pequenos, de reunião, capacitação ou outros com uma área total de 446,72 m2.
Em resumo a área total de implantação do Pavilhão é de 2.664,78 m2 e a área de implantação total de 2.709,19 m2.
Os dimensionamentos e geometria dos espaços foram concebidos para possibilitar um uso intensivo e flexível pela comunidade e pelos agentes e entidades do território Alentejo, o que tem sucedido em conferências e outros eventos de promoção dos recursos do território, nomeadamente dos recursos silvestres (PROVERE e internacionalização dos recursos), de transferência do conhecimento (conferências internacionais e nacionais sobre biodiversidade, alterações climáticas), culturais e de promoção turística.
Para todos os espaços foram salvaguardados os aspetos técnicos e funcionais relacionados com a segurança geral e a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
A integração arquitetónica no contexto urbano teve em conta o enquadramento visual com o castelo de Mértola e a capela do cerrinho das Neves e o enquadramento na confluência da ribeira de Oeiras/Rio Guadiana e o acesso ao sul do país.
Registo fotográfico: